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Felipe de Oliveira é jornalista, poeta e músico, mesmo que não tenha publicado ou gravado nada ainda, por enquanto, ou nunca. O fato de gravar ou publicar algo é o que faz de alguém jornalista, poeta ou músico? Penso que não. A essência vale mais! Tem que valer! Atualmente é funcionário público, durante 40 horas semanais. Nas 128 que restam, compõe músicas, escreve letras, poesias, reflete sobre a vida, filosofa... Dorme... Joga futsal e conversa fora. Enfim, vive de maneira peculiar cada momento, sem se importar se vai ou não ser lembrado ou reconhecido. Não é esse o objetivo. A ideia é viver o que se quer, o que se sonha, do seu modo, de acordo com o que se acredita.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Frases marcantes de Pep Mujica

Achei interessante e resolvi partilhar o que li no site Pragmatismo Político. Tratam-se de frases do ex-presidente do Uruguai, Pep Mujica, que nos fazem refletir sobre a realidade em que o mundo atual se encontra. Por isso, concordemos ou não com o líder uruguaio, é inegável que suas ideias são relevantes. Seu modo simples de viver e agir, em contraste - ou mesmo oposição - aos presidentes ou líderes da maioria dos países do mundo, fizeram de Mujica um ícone.  Some-se isso a um governo que elevou a qualidade de vida da população uruguaia e diminuiu as desigualdades sociais e teremos de fato uma figura inesquecível não só para seu país, mas para todo o mundo. Vamos às frases marcantes - e até polêmicas:

“Eu não sou pobre, eu sou sóbrio, de bagagem leve. Vivo com apenas o suficiente para que as coisas não roubem minha liberdade.”

Muitas vezes ele é chamado de o “presidente mais pobre do mundo”, mas José Mujica diz que não é pobre, que o que faz é viver como a maioria dos uruguaios que governa. Ele mora na mesma casa de campo há décadas, com sua mulher, Lucia Topolansky, e sua cadela de três patas, Manuela. Mujica deixou o governo com um índice de aprovação de 65%, de acordo com uma pesquisa recente da empresa Equipos Mori.

“Não é bonito legalizar a maconha, mas pior é dar pessoas ao narcotráfico. O único vício saudável é o amor.”

Talvez uma das leis que mais tenham dado fama internacional a Mujica foi a que colocou nas mãos do Estado a regulação estatal da produção, venda, distribuição e consumo de maconha, aprovada em dezembro de 2013. Foram estabelecidos limites para cultivo e venda de maconha, bem como registros de consumidores e clubes de fumadores. A regra tornou o Uruguai o primeiro país do mundo com um regulamento tão abrangente.

“O casamento gay é mais velho do que o mundo. Tivemos de Júlio César a Alexandre, o Grande. Dizem que é moderno e é mais antigo do que todos nós. É uma realidade objetiva. Existe. E não legalizar seria torturar as pessoas desnecessariamente.”

Em agosto de 2013, entrou em vigor a lei do casamento igualitário, o que fez o Uruguai o segundo país na América Latina, depois da Argentina, a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

"Legalizando e intervindo, é possível conseguir que muitas mulheres voltem atrás em sua decisão, sobretudo aquelas de setores mais humildes ou que estão sozinhas.”

Em 2012, o Uruguai tornou-se, juntamente com Cuba, o único país latino-americano a legalizar o aborto. À época, Mujica disse que a descriminalização poderia não só evitar mortes em interrupções de gravidez feitas clandestinamente, mas também poderia levar a uma redução no número de abortos. “Todo mundo é contra o aborto. Mas se você dá apoio a uma mulher sozinha que precisa tomar esta decisão, alguns pensam que muitas iriam desistir”, disse.

“O deus mercado organiza a economia, a vida e financia a aparência de felicidade. Parece que nascemos só para consumir e consumir [...] E quando não podemos, carregamos a frustração, a pobreza e a autoexclusão.”

Discurso na ONU, em crítica ao capitalismo.

“A vida escapa e se vai minuto a minuto e não podem ir ao supermercado comprar a vida. Então lutem para vivê-la, para dar conteúdo a ela.”

Falando aos jovens, criticou o fútil e defendeu que cada um deve ser autor do caminho de sua própria vida, em discurso na Unasul.

“O homem médio às vezes sonha com férias e liberdade. Sempre sonha em pagar as contas, até que um dia o coração para e adeus.”

Ao comentar o modo de vida ocidental, ressaltou ainda que pessoas vivem entre as financeiras e o tédio rotineiro dos escritórios.

“Eu acho que nós estamos sendo usados como ratinhos de laboratório. Por que a Phillip Morris está prestando tanta atenção em um país tão pequeno? Eu tenho certeza que eles vendem mais cigarros em qualquer bairro de Nova York do que no Uruguai.”

José Mujica herdou de seu antecessor - e sucessor- Tabaré Vázquez uma longa disputa com a fabricante de cigarros Philip Morris International (PMI), que acusa o Uruguai de prejudicar o livre comércio com medidas contra o tabaco. As advertências contra o mal provocado pelo cigarro em 2009 chegaram a ocupar, por lei, 80% dos pacotes -espaço maior que em qualquer outro país. E desapareceram dos maços as palavras “light”, “mentolado” ou “ouro”, restando apenas a marca do cigarro. A disputa será solucionada pelo Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos, uma agência do Banco Mundial. O presidente do Uruguai argumenta que a Phillip Morris tenta impedir as políticas anti-tabagismo rigorosas do Uruguai como um aviso a outros países que cogitem implementar medidas semelhantes.

“Tive que aguentar 14 anos em cana […] Nas noites que me davam um colchão eu me sentia confortável, aprendi que se você não pode ser feliz com poucas coisas você não vai ser feliz com muitas coisas. A solidão da prisão me fez valorizar muitas coisas.”

José Mujica militou, quando jovem, no Partido Nacional (hoje um dos seus principais opositores) e foi um dos fundadores, nos anos 60, do Movimento de Libertação Nacional Tupamaros, uma guerrilha urbana de esquerda. Por isso, passou 14 anos preso, parte do tempo em um calabouço, sem acesso a livros ou contato humano. Ele conta que falava com animais para manter sua sanidade. Sem dúvida, esses anos marcaram sua maneira de ver o mundo e também algumas das suas políticas. Em 2014, o país recebeu um grupo de seis prisioneiros da base americana de Guantánamo, em Cuba, uma medida que foi criticada pela oposição e a qual se opõe a maioria dos uruguaios.

“O que é que chama a atenção mundial? Que vivo com pouco, em uma casa simples, que ando em um carrinho velho, essas são as notícias? Então este mundo está louco, porque o normal surpreende.”

Mujica criticou a comoção por seu estilo de vida. Nos últimos anos, centenas de meios de comunicação estrangeiros chegaram ao o país sulamericano intrigados com a vida de Mujica. “Eu vivo como vive a maior parte de meu povo, na política o normal teria que ser o meu modo de vida”, acrescenta. “Vou à Alemanha e me dão um Mercedes Benz para andar daqui até a esquina – que tem uma porta que pesa três mil quilos- e 50 motos na frente e 50 atrás. Não concordo com isso”, diz ele.

“Sim, eu estou cansado, mas isso não para até o dia em que me coloquem em um caixão ou quando eu for um velho esquecido.”

Mujica reconhece que os cinco anos no cargo o deixaram exausto, mas não pretende se aposentar. “Eu não vou ser um velho aposentado que vai para um canto escrever suas memórias. Eu não vou escrever nada, não tenho tempo, tenho coisas para fazer”. O presidente planeja abrir uma escola de negócios agrícolas em um galpão atrás de sua casa.

“Sou do Sul e carrego milhões de pessoas pobres na América Latina.”

Em um dos discursos mais celebrados já feitos na ONU, falou em nome das “culturas originárias esmagadas, do bloqueio inútil a Cuba” e disse carregar “a dívida social e a necessidade de defender a Amazônia, os rios e de lutar por pátria para todos”.

“O México é um Estado falido onde a vida humana vale menos que a de um cachorro. A situação lá é pior do que em uma ditadura.”

A respeito do desaparecimento dos 43 estudantes mexicanos. Declaração causou mal-estar entre os governos.

“Arrasamos as selvas e implantamos selvas de cimento."

Para Mujica, hoje pensamos que somos felizes, mas “enfrentamos o sedentarismo com esteiras, a insônia com remédios e estamos deixando de ser humanos”.

“Para mim é um emprego qualquer. Tomo banho e vou trabalhar.”

Sobre como encara o cargo de presidente.

“Nós políticos temos que viver como vive a maioria e não como vive a minoria.”

Em reflexão sobre o exercício da política.

“Gastar tempo para cuidar de dinheiro e muito mais tempo da minha vida para ver se estou perdendo ou ganhando? Não, isso não é vida.”

Mujica ao ser questionado se após deixar a Presidência ele tentaria acumular dinheiro ou fazer fortuna.

“A Fifa são um bando de velhos filhos da puta […] Poderiam ter punido, mas não com sanções fascistas.”

Declaração de Mujica após o polêmico incidente envolvendo o jogador uruguaio Luis Suárez durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

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