A Avenida Paulista se transformou num verdadeiro mar vermelho. Manifestantes contra o golpe, em curso no país, foram às ruas protestar contra o absurdo cometido pelo legislativo ao aceitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Roussef. Gritos de "Fora Cunha" eram ouvidos constantemente, já que ele é o frontman do golpe, que conta com outra figuras igualmente inescrupulosas e fascistas, como Aécio Neves, FHC, Agripino Maia e toda a oposição, encabeçada pelo PSDB e parte do PMDB - além de alguns partidos nanicos.
É um momento em que a sociedade não pode ficar de braços cruzados diante dos acontecimentos. O Brasil está parado, travado por uma oposição irresponsável que não se preocupa com o país, mas tão somente com seus interesses particulares e escusos. O incansável combate à corrupção - sem precedentes na história brasileira - interfere diretamente nesses interesses. Por isso buscam a qualquer custo destituir a presidente eleita pelo povo, uma vez que por meios democráticos amargaram a quarta derrota seguida nas urnas, apesar de toda a baixaria midiática mais vil contra o PT, Lula e Dilma desde os idos de 2006.
É fato que vivemos uma tentativa de assalto à democracia. Não há base legal se quer para a abertura do impeachment da presidente Dilma, muito menos para destituí-la. Mas mesmo assim, o pedido foi aceito pelo criminoso presidente da câmara, como retaliação ao PT que decidiu votar contra ele no processo da comissão de ética. É clara também a benção do STF ao golpe em curso, vide a postura do ministro do STF Luiz Edson Fachin, que poderia dar um basta em toda esta canalhice, mas ao contrário, a endossou.
Cabe por tanto ao povo, aos movimentos sociais, lutarem com unhas e dentes pela democracia. Não está mais em jogo o fato de apoiar ou não o governo, mas sim a defesa do país, que vem sofrendo por conta da instabilidade política, o que interfere diretamente na economia.
Diante da irresponsabilidade - para não dizer outra coisa - do poder legislativo e judiciário, os mais prejudicados não são os membros da elite branca, da classe média, que vociferam não à favor do impedimento do mandato da presidente simplesmente, muito menos contra a corrupção, mas contra o direito dos pobres de saírem da senzala, frequentarem universidades, aeroportos e fazerem três refeições por dia.
É preciso barrar o golpe político para que o Brasil saia da letargia em que se encontra. Só uma união popular de fato poderá acabar com a palhaçada - com todo respeito à classe artística citada - que estão fazendo no Brasil.
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