Minha foto
Felipe de Oliveira é jornalista, poeta e músico, mesmo que não tenha publicado ou gravado nada ainda, por enquanto, ou nunca. O fato de gravar ou publicar algo é o que faz de alguém jornalista, poeta ou músico? Penso que não. A essência vale mais! Tem que valer! Atualmente é funcionário público, durante 40 horas semanais. Nas 128 que restam, compõe músicas, escreve letras, poesias, reflete sobre a vida, filosofa... Dorme... Joga futsal e conversa fora. Enfim, vive de maneira peculiar cada momento, sem se importar se vai ou não ser lembrado ou reconhecido. Não é esse o objetivo. A ideia é viver o que se quer, o que se sonha, do seu modo, de acordo com o que se acredita.

sábado, 6 de junho de 2009

Greve em Hortolândia: Defasagem no salário ocorre porque não houve reajustes nos últimos anos

Os servidores públicos municipais de Hortolândia recebem, proporcionalmente, um dos salários mais baixos da região. Há grande defasagem no valor porque não houve reajustes substanciais nos últimos anos, desde a gestão anterior, do PSDB. O valor corrigido de aumento, por tanto, gira em torno de 60%. Um auxiliar administrativo em Hortolândia têm o salário fixado em R$ 756, enquanto Sumaré, por exemplo, paga quase o dobro. A cesta básica para os servidores de Campinas, gira em torno de R$ 400, enquanto em Hortolândia (que antigamente nem se quer fornecia o benefício) é de R$ 60.

Por tudo isso, no dia 11 de março deste ano foi deliberado na assembléia do sindicato dos servidores de Hortolândia as seguintes reivindicações: Reposição imediata dos salários em 40%, implantação imediata do plano de carreira e aumento no valor da cesta básica de acordo com a inflação. Posteriormente, houve uma nova assembléia no dia 27 de abril para analisar a contra proposta feita pela Prefeitura, que prevê reposição anual de 5,61% nos salários, aprovação do plano de carreira até setembro de 2009 e aumento na cesta básica de R$ 60 para R$ 68. Na dia 08 de maio houve mais uma assembléia para definir a posição dos servidores frente a essa contra proposta, rejeitada de forma unânime pelos servidores.


Assim, os servidores municipais optaram por uma paralisação que não surtiu efeito. A Administração continuou rejeitando a proposta do Sindicato dos Servidores e desta forma, o caminho foi mesmo a greve, que está em vigor desde o dia 29 de maio. A Prefeitura se nega a negociar enquanto os funcionários estiverem em greve e faz ameaças aos grevistas, como a contratação de funcionários para ocuparem o lugar dos servidores em greve, que correm o risco, segundo a Administração Municipal, de serem exonerados do cargo e perderem seus empregos. No entanto, o sindicato afirma que isso seria ilegal, que não há possibilidade de isso acontecer e que tudo não passa de tática da Prefeitura para enfraquecer o movimento.


O impasse continua. Os servidores estão mais do que certos de lutar pelos seus direitos, uma vez que a greve é um meio legal dos trabalhadores se defenderem da exploração exercida pelos patrões, sejam eles do setor público ou privado, pois sabemos que o Estado hoje não passa de um mero fantoche do sistema vigente, que faz de tudo para mantê-lo, coagindo de todas as formas possíves, com o auxílio da polícia, qualquer movimento revolucionário. Claro que não é o caso dos servidores de Hortolândia. Estes só buscam melhores salários. Mas são nessas ocasiões de crise e de movimentação político-popular que devem surgir líderes que expressem o verdadeiro sentido da luta, que é o ideal de suplantar o sistema capitalista e implantar o socialismo, como forma de se alcançar o comunismo, melhor estágio que a humanidade pode alcançar. Mas este já outro assunto, que merece uma atenção mais detalhada em outras oportunidades.

Nenhum comentário:

Postar um comentário